Se Steve Jobs tivesse assistido nesta quarta-feira (9) ao lançamento da nova linha de produtos da Apple, empresa que cofundou, a impressão seria que seus sucessores falharam.
O responsável por levar a empresa ao topo no ramo de tecnologia nunca escondeu que detestava as canetas stylus, usadas para controlar as telas sensíveis ao toque.
Em 2010, chegou a afirmar “é como dizemos no iPad, se você ver uma stylus, então eles falharam.”
Nesta quarta, porém, a empresa lançou justamente a tal caneta para o iPad Pro.
E essa não havia sido a primeira vez que Jobs criticara a caneta. Na apresentação do iPhone, em 2007, o guru da tecnologia já havia afirmado que o melhor jeito de controlar uma tela sensível ao toque era com o próprio dedo.
“Quem quer uma stylus? É preciso pegá-la, guardá-la, e elas se perdem. Ninguém quer uma. Nós já nascemos com o melhor cursor do mundo. Com dez deles, na verdade. Vamos usar os nossos dedos”, disse.
Só que há uma diferença entre as falas de Jobs e o novo produto lançado pela Apple.
Para o cofundador, era importante que a empresa conseguisse desenvolver uma tela de toque precisa o suficiente para que os usuários pudessem manuseá-la facilmente para realizar qualquer tarefa.
No entanto, nem mesmo Jobs fazia ideia de para qual finalidade o iPad seria usado quando o lançou. A própria Apple imaginou que seria principalmente para ler jornais e revistas.
Mas, hoje, a companhia sabe por que o iPad Pro nasceu. É uma ferramenta de trabalho, que pode começar a substituir notebooks e computadores nas casas e nos escritórios.
Assim, para profissões que realmente necessitam de precisão na hora de fazer uma tarefa, como um engenheiro ou um desenhista, a stylus é uma melhor opção que usar o dedo indicador.
Por essa razão, a nova caneta da Apple vem com sensores para identificar o quanto de força está sendo colocada, mesmo sem a tecnologia 3D Touch, presente nos iPhones 6s.