Dois estudantes de tecnologia ligados à organização nova-iorquina HackNY colocaram no ar o projeto Fish Plays Pokémon, um streaming ao vivo na Twitch TV do peixinho Grayson jogando “Pokémon Red”.

Os estudantes criaram um mecanismo que traduz os deslocamentos da criatura pelo aquário em comandos para movimentar o protagonista durante a aventura.

No lado direito do vídeo, vemos o aquário que foi virtualmente dividido em nove quadrados de tamanho igual. Cada um deles corresponde a um comando do controle (esquerda, direita, botão A, start, etc.), e quando Grayson passa por uma das opções, ela é traduzida para o jogo que rola no lado esquerdo do player.

O projeto já teve mais de 1,6 milhão de acessos e, enquanto eu faço este post, cerca de 22 mil pessoas estão assistindo à aventura comandada pelo peixe

Grayson já escolheu o seu primeiro Pokémon, um Charmander que nomeou de “AAAABBK”, e derrotou o rival Squirtle na batalha inicial. Mas o progresso está “um pouco” travado: o peixe, que não parece gostar muito de se mexer, ainda não conseguiu sair da cidade de Pallet em mais ou menos 160 horas de jogo, .

Com isso em vista, os desenvolvedores pretendem criar um sistema em que os espectadores enviem um streaming ao vivo de seus próprios peixes, que seriam incluídos no controle do jogo.

Twitch Plays Pokémon

A iniciativa faz lembrar uma experiência semelhante realizada em fevereiro deste ano: o projeto Twitch Plays Pokémon, que chegou a reunir mais de 100 mil internautas em um jogo colaborativo para zerar “Pokémon Red”.

Um software específico criado por um programador australiano era capaz de reconhecer comandos publicados no bate-papo do site e executá-los no jogo.

Mas quando milhares de pessoas tentaram fazer isso ao mesmo tempo, a situação ficou um pouco caótica, resultando em uma verdadeira “experiência social”.

O jogo foi finalizado em 391 horas (cerca de 16 dias). A Folha fez uma reportagem sobre o fenômeno na época que você pode conferir neste link.

A companhia anunciou que está criando um novo cargo de trabalho chamado Mestre Pokémon. Para se candidatarem ao emprego, os interessados devem capturar, com seu iPhone ou celular com Android, todas as criaturas selvagens do universo da Nintendo espalhadas pelo mundo.

Os participantes bem sucedidos serão convidados à sede do Google para participar da rodada final do processo seletivo. O grande vencedor começará a trabalhar em 1º de setembro de 2014.

É claro que tudo isso não passa de uma pegadinha –nenhuma empresa realmente inventaria um cargo chamado Mestre Pokémon.

Infelizmente.

Mas experimente abrir o aplicativo atualizado do Google Maps (para iOS ou Android), tocar o campo de pesquisa ao topo e selecionar Press start [começar]. Você começará a ver alguns monstrinhos no mapa.

Tente capturar todos eles. São 150 no total. A conquista não vai lhe garantir um emprego, mas é uma forma divertida de passar o tempo, caso você não tenha nada mais importante para fazer. Os pokémons permanecerão no Google Maps até 2 de abril.

A “campanha multijogador on-line” acontece no site de streaming de vídeos de games Twitch e já dura mais de quatro dias. O criador desse experimento social –como ele/ela mesmo o denomina– é um(a) programador(a) australiano(a), que prefere não se identificar.

Normalmente, os protagonistas dos games da série “Pokémon” são controlados por apenas um jogador. Mas a pessoa por trás do canal TwitchPlaysPokémon começou a rodar o jogo num emulador em seu PC e criou um código que permite aos espectadores manipular o personagem através do chat da transmissão.

Esse mecanismo reconhece quando um jogador digita, por exemplo, a palavra “right” [direita] na caixa de comentários, transformando-a em um comando dentro do jogo. Por causa da grande quantidade de participantes, cada comando pode levar de 20 a 40 segundos para ser executado. Isso se você conseguir se conectar ao chat.

Imagine o quão descoordenada está sendo essa aventura –são dezenas de milhares de jogadores. Surpreendentemente, eles já derrotaram 4 líderes de ginásio e ainda conseguiram evoluir um Charmander.

No total, desde que foi ao ar, a transmissão já teve mais de 5,8 milhões de visualizações.  Mas até a conclusão deste post, o número de espectadores on-line num mesmo instante ultrapassou a marca de 60 mil.

“Deixarei isso rodando o dia todo, todos os dias da semana”, afirmou o(a) responsável pelo experimento. “Gostaria de ver os treinadores da Elite dos Quatro sendo derrotados, mas tenho minha dúvidas sobre isso ser possível sem uma coordenação melhor.”