Toda vez que um som é emitido, ondas acústicas fazem com que os objetos ao redor vibrem e criem um sinal visual que o olho humano não é capaz de captar.
Partindo desse princípio, um grupo de pesquisadores do MIT, da Microsoft e do Adobe desenvolveu um algoritmo que reconstrói sinais de áudio analisando minúsculas vibrações gravadas em vídeo.
Munidos apenas de uma câmera, os cientistas conseguiram reproduzir músicas de maneira fiel a partir do vídeo de objetos que foram expostos ao som.
Em um dos experimentos, a música infantil “Maria tinha um carneirinho” foi extraída de uma planta.
Em outro, as vibrações de um par de fones de ouvido revelaram o clássico “Under Pressure”, da banda inglesa Queen, e o áudio recuperado foi tão fiel que não demorou para que o aplicativo identificador Shazam conseguisse reconhecê-lo.
Mas o registro mais impressionante é o de um discurso recuperado pela embalagem de um saco de batatas fritas. A câmera foi colocada a 4,5 metros de distância do objeto e atrás de um vidro à prova de som, e o resultado extraído é razoavelmente inteligível.
Confira os experimentos no vídeo:
Em um texto publicado no site do MIT, os pesquisadores afirmam que a tecnologia pode ter aplicações no setor da ciência forense, ajudando em investigações criminais.
Além disso, seria uma possível maneira de descobrir novas informações sobre a estrutura interna dos objetos.
“O sinal recuperado nos revela muito sobre os objetos, pois objetos diferentes reagem de maneira diferente a um mesmo som”, diz Abe Davis, um dos responsáveis pelo projeto.
Ele completa: “Eu tenho certeza que essa tecnologia terá aplicações que ninguém está esperando. Eu acho que o “carimbo da boa ciência” é quando você faz algo só porque parece legal e, de repente, alguém acaba usando aquilo de uma maneira que você nunca havia imaginado”.
]]>O Observatório Europeu do Sul deu início, nesta quinta-feira (19), à construção desta poderosa tecnologia, que será erguida no deserto do Atacama (Chile) e levará nada mais nada menos do que 10 anos para ficar pronta (e mais alguns para começar a operar).
O E-ELT terá um espelho primário de 39 metros de diâmetro e será de quatro a cinco vezes maior do que os principais telescópios de última geração atuais, podendo captar 15 vezes mais luz para potencializar as observações.
O “maior olho do mundo no céu”, como está sendo chamado, ajudará os cientistas a encontrar pistas sobre questões ligadas à origem do universo e existência de vida extraterrestre.
Aqui uma simulação de como ele deve ficar em uma década:
Vamos falar de histopatologia?
O exame histopatológico, realizado por meio de um microscópio, é o estudo de um fragmento de tecido corporal com o objetivo de se firmar ou confirmar diagnósticos de doenças específicas (não se preocupe, você ainda está no Blog de Tec).
No começo do mês, dois pesquisadores da Universidade da Califórnia publicaram um artigo descrevendo como utilizaram um Lumia 1020, smartphone da Nokia, para identificar um tipo de bactéria durante um exame histopatológico.
Com a poderosa câmera de 41 Mpixels e recurso de estabilização ótica do aparelho, os cientistas Dr. Mark Li-cheng Wu e Dr. John Paul Graff fotografaram a imagem ampliada de um tecido através da lente de um microscópio e aplicaram o zoom digital na foto para observar melhor os detalhes.
Eles puderam identificar uma bactéria de difícil diagnóstico, menor do que um glóbulo vermelho (célula sanguínea), que infectara um paciente portador de HIV.
Em entrevista ao conversations.nokia.com, Graff diz que a qualidade de resolução alcançada com o Lumia é superior a das imagens feitas pelo método tradicional de análise, com as câmeras fixas dos próprios microscópios.
Isso para não falar que os pesquisadores salvaram os arquivos em JPEG durante o exame. Eles cogitam que, com imagens em RAW (formato cru, sem compressão da informação do arquivo), o resultado seria ainda melhor.
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