Caso Biel dá lições sobre comportamento na internet, diz PC Siqueira

Por Felipe Maia

O caso do cantor Biel, 21, flagrado nesta semana com uma série de tuítes com conteúdo discriminatório publicados há alguns anos, mostra algumas lições sobre comportamento na internet. A opinião é de PC Siqueira, 30, um dos youtubers mais influentes do país, que admite já ter dito “muita coisa sem pensar nas consequências”.

“Maneire no que você fala, preste atenção no que você já falou, se for o caso apague e tente ser uma pessoa melhor. Se não der, peça desculpas e aguente o tranco”, disse o apresentador, que tem 2,2 milhões de seguidores no YouTube. Para ele, entretanto, não há como um artista pedir desculpas por comentários pesados, como foi o caso.  “Fazer comentários racistas, umas coisas pesadas assim, para um artista, é foda. Não tem como pedir desculpas mais.”

Biel fechou sua conta no Twitter após a descoberta das mensagens.

PC participou nesta terça-feira (2) de entrevista ao vivo no “TV Folha” para falar sobre o livro “PC Siqueira Está Morto”, escrito pelo jornalista Alexandre Matias em colaboração com o apresentador –a obra mostra fragmentos de arquivos virtuais, textos e conversas “que podem ter pertencido a PC Siqueira” e revelam opiniões e medos com relação “incerta” com a realidade.

“Lançar um livro foi algo que sempre tive na cabeça”, disse ele, que se une a outros colegas de plataforma que vem entrando como avalanche no mercado editorial, caso de Kéfera, Jout Jout, Christian Figueiredo, Pedro Rezende, entre vários outros, desde o ano passado muito bem posicionados nas listas dos mais vendidos.

“Fiquei inseguro de escrever eu mesmo e não saber direito o que está acontecendo”, contou ele sobre a decisão de ser Matias quem assina o livro (e não um “ghostwriter”, algo aparentemente comum entre colegas dele).

Na entrevista, PC fala da carreira, da relação com as críticas e do medo de ser esquecido. E também do estrabismo, uma de suas marcas, corrigido com uma cirurgia neste ano. “Eu conquistei muitas coisas tendo esse problema. Provei para mim mesmo que é possível ter relacionamentos, ter uma vida normal, ultrapassar barreiras. Mas não preciso ficar refém disso”, disse ele.