Participantes da Campus Party aprendem a falar língua dos elfos

Por João Vitor Oliveira

Os fãs de “O Senhor dos Anéis” estão se sentindo contemplados na Campus Party 2015.

A “feira nerd” teve nesta quinta (5) um workshop sobre o quenya, linguagem élfica inventada pelo escritor e linguista J.R.R Tolkien no livro de ficção que virou trilogia de sucesso nos cinemas.

Os elfos são criaturas místicas ligadas à mitologia escandinava que aparecem com frequência em obras literárias.

“A ideia do Tolkien era fazer a língua mais bonita possível. Vocês vão perceber que muita coisa não segue uma lógica muito simples, mas tenta prezar pela beleza do som”, explicou Pedro Henrique Bernardinelli, especialista em quenya.

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“É uma língua muito poética”, disse o palestrante, que começou a estudar o idioma fictício na adolescência após se apaixonar pela obra de Tolkien.

O workshop, produzido pela escola de idiomas Wizard, parecia até uma aula de português dos tempos de colégio, com direito à distribuição de apostilas de gramática.

Bernardinelli explicou as conjugações verbais, uso do plural, pronúncia e outras peculiaridades da língua élfica. A quantidade de detalhes é impressionante.

“Quando falamos de partes do corpo, para usar o plural, coloca-se um “u” ao final das palavras. ‘tál’, que significa ‘pé’, vira ‘talú’ para ‘pés'”, explicou.

“Mas há exceções. O plural de ‘má’, que significa ‘mão’, não leva este ‘u’, pois a pronúncia ficaria muito feia. O certo é ‘mát’.”

Para a ‘campuseira’ Bruna Senra, 20, a ideia de aprender élfico é poder mergulhar ainda mais no mundo inventado por Tolkien.

“Quando você lê o livro, você se sente muito dentro história, e a língua élfica faz parte disso”, explica a garota, que é fã de “O Senhor dos Anéis”.

“Você fica com vontade de aprender mais sobre a história desses povos e como eles se comunicam”.