Com o lançamento dos iPhones 6 e 6 Plus, a Apple tornou-se um potencial competidor no mercado de serviços de pagamento eletrônico, que inclui empresas como o PayPal, do eBay.
Os novos celulares trazem a ferramenta Apple Pay, que os transforma em uma espécie de “carteira virtual” para a realização de transações financeiras em diferentes tipos de estabelecimento comercial. O recurso funciona por meio de tecnologia NFC (“comunicação por campo de proximidade”, da sigla em inglês) e também estará disponível no relógio inteligente Apple Watch.
A possível concorrência foi alvo de um anúncio de página inteira veiculado pelo PayPal na edição da última segunda-feira (15) do “The New York Times”.
“Nós, o povo, queremos nosso dinheiro mais seguro do que nossas ‘selfies'”, diz a propaganda, em clara referência ao escândalo recente em que fotos de celebridades nuas foram vazadas do serviço de armazenamento iCloud, da Apple –o presidente-executivo Tim Cook negou falha no sistema, mas prometeu trabalhar para torná-lo mais seguro.
Na semana passada, em entrevista ao site “TechRadar”, um dirigente do PayPal já havia afirmado estar “surpreso que o Apple Pay tenha funcionalidades limitadas” e disse achar improvável que “as pessoas simplesmente troquem suas carteiras por carteiras digitais”.
Alguns analistas, no entanto, disseram levar fé no novo serviço a sites da imprensa especializada. A ferramenta já conta com a parcerias como American Express, Mastercard e Visa e, segundo a Apple, poderá aparecer de início em mais de 20 mil estabelecimentos comerciais do país norte-americano –único em que estará disponível por enquanto.
Os iPhones 6 e 6 Plus começaram a ser vendidos hoje (19) em lojas dos EUA e outros países de lançamento. Ainda não há previsão de chegada para o Brasil.