Você usa um aplicativo de despertador no celular? Que tal trocar por um que aproveita o smartphone –enquanto ele recarrega, noite adentro– para ajudar uma universidade a achar curas para doenças como câncer e mal de Alzheimer?
É o que faz o Power Sleep, que é desenvolvido pela Samsung em parceria com a Universidade de Viena (Áustria). Enquanto o aparelho está ali, ligado à força e esperando, ansioso, ver seu dono acordado novamente, seu processador recebe cálculos de sequências proteicas para decifrar e enviar de volta à instituição.
Assim que o despertador toca, o processo acaba. Como, em geral, os celulares não demandam mais do que um par de horas para ter sua bateria completamente recarregada, é muito difícil de o Power Sleep atrapalhar sua vida. No máximo, deve mudar em alguns centavos a sua conta de energia elétrica.
O sistema é baseado no conceito SIMAP (matriz de similaridade de proteínas, na sigla em inglês) e no BOINC (infraestrutura aberta de computação em rede da Universidade da Califórnia, Berkeley) –essa escola americana permite, inclusive, que você use o computador e até o videogame para ajudar no progresso da ciência. Outro projeto nesse sentido é o Folding, da Universidade Stanford.
A Universidade de Viena, de língua alemã, é uma instituição pública austríaca, laureada com 15 prêmios Nobel. Foi fundada em 1365.