Bater a marca de US$ 1 bilhão em vendas é um feito considerável para qualquer produto de entretenimento, seja filme, livro, álbum de música ou game.
Em setembro deste ano, vimos “GTA V” vender US$ 1 bilhão em três dias no final de setembro, um recorde. Mas “Call of Duty: Ghosts”, que chegou ao mercado no início do mês, reivindicou o título: a Activision disse que o game vendeu US$ 1 bilhão em apenas 24 horas, deixando “GTA 5” comendo poeira.
Mas será mesmo?
O questionamento do recorde de “Ghosts” já foi feito por alguns veículos da mídia gringa, uma vez que o release em inglês da Activision utilizava o termo “sold-in”, que no jargão da indústria significa “vendas às lojas”, como explica o Kotaku americano.
Ou seja, “GTA 5” vendeu US$ 1 bi em três dias para o público e “Ghosts” vendeu US$ 1 bi em 24h para as lojas. São duas coisas diferentes. “Call of Duty: Ghosts” não vendeu ao público nem mesmo US$ 500 milhões durante as primeiras 24h de venda, cifra alcançada pelo antecessor “Black Ops 2”, lançado em 2012.
Na mídia brasileira o fato passou batido porque o release disparado pela representação da Activision aqui do país apagou qualquer referência sobre “venda às lojas”.
O texto divulgado diz que “a companhia [Activision] vendeu mais de US$ 1 bilhão com “Call of Duty: Ghosts” em lojas ao redor do mundo no dia de lançamento”, o que não é uma informação correta. “Ghosts” não vendeu US$ 1 em lojas, e sim para lojas.
Então, para todos os efeitos, “GTA 5” é o verdadeiro dono do recorde, de US$ 1 bi alcançados em três dias de venda.
“Ghosts” é, sem dúvida, um sucesso comercial; mas a cifra de US$ 1 bi em 24h é mais uma jogada de marketing do que qualquer outra coisa.