Uma das recentes aquisições do Museu Nacional Cooper-Hewitt de Design, em Nova York, não requer condições especiais de armazenamento ou coisas do tipo. Trata-se de um aplicativo para iPad, desenvolvido com exclusividade, que mostra seu acervo de músicas do iTunes como um sistema solar.
Por ser um projeto baseado em código aberto, qualquer usuário pode alterá-lo. Chamado Planetário, o app tem dois anos e foi criado pela empresa Bloom, e a partir de hoje está disponível.
O site do museu descreve o app da seguinte forma: “cada estrela representa um artista … uma série de planetas que orbitam a estrela representam os álbuns individuais… cada lua é uma canção do álbum.” Assim, ao tocar em uma lua, uma música começa a tocar.
O Cooper-Hewitt prevê que “geeks” do mundo, agora, pensarão formas de modificar o design do aplicativo, até mesmo usando outros grupos de objetos e ideias, como livros ou DNA.
Os desenvolvedores podem acessar o código-fonte do app pelo GitHub. O museu espera, ainda, que desenvolvedores transponham o sistema para outros gadgets que não sejam iPads.
“O impulso para a aquisição”, diz Sebastian Chan, diretor de novas mídias digitais do Cooper-Hewitt, “é que o software tornou-se um dos palcos mais importantes do design.” “O código, a base de qualquer aplicativo, pode ser digital e insubstancial, você não pode tocá-lo. No entanto, nós interagimos com aplicativos diariamente e seu projeto afeta o nosso comportamento”, diz ele.
“Ninguém sabe o que isso significa coletar objetos de design em um mundo onde o design é cada vez mais intangível”, diz Aaron Cope, engenheiro do Cooper-Hewitt.