Desde o lançamento do iPhone 4, em 2010, há uma expectativa pelo iPhone 5.
No ano passado, veio “apenas” o iPhone 4S – que, até o anúncio, era chamado por muitos de iPhone 5.
A ladainha continuou, mas agora tem data para acabar: 12 de setembro.
Hoje (4) a Apple enviou convites para o evento em que ela deve apresentar o iPhone 5.
A imagem poderia encerrar uma discussão que cresceu após o lançamento do último iPad: a próxima geração do iPhone será chamada de “iPhone 5”, “iPhone 6” (é a sexta geração do celular da Apple) ou simplesmente de “novo iPhone”?
A discussão cresceu porque a terceira geração do iPad, que muitos chamavam de iPad 3, foi lançada simplesmente como o “novo iPad”. Cresceram, assim, as apostas em “novo iPhone”.
Mas a discussão não morreu. Pelo contrário. MG Siegler, por exemplo, ainda acredita que a Apple pode apresentar um “novo iPhone”.
Vejo pelo menos dois motivos para a Apple usar “iPhone 5”.
O primeiro é bem simples: 5 vem depois de 4. A geração do aparelho não importa muito nesse caso, pois o usuário final pouco se importa com isso, como disse um membro do fórum MacRumors (post via Paris Lemon). O que as pessoas achariam mais estranho: a sexta geração do iPhone se chamar “iPhone 5” ou o sucessor do iPhone 4S se chamar “iPhone 6”? É bem capaz que a maioria delas não veja nada de estranho no primeiro caso.
O segundo motivo é: se a Apple continuar a vender três diferentes gerações de iPhone, ela precisa de uma maneira fácil de distingui-las. E chamá-las de iPhone 4, iPhone 4S e iPhone 5 parece mais amigável do que isto:
Gerações de iPhone à venda:
- Final de 2012: iPhone 4, iPhone 4S, novo iPhone
- Final de 2013: iPhone 4S, novo iPhone, novíssimo iPhone
- Final de 2014: novo iPhone, novíssimo iPhone, iPhone mais novo ainda
Além disso, meu colega Rafael Capanema enviou-me um post de Horace Dediu no blog de sua empresa Asymco.
Ele diz o seguinte:
O anúncio do lançamento parece claramente apontar que “5” será o nome do novo iPhone. A marca continua “iPhone”, e não haverá sub-branding [submarcas].
Ou seja, uma estratégia diferente da adotada com produtos como iPod (Classic, Touch, Shuffle, Nano) e MacBook (Pro, Air).
Isso só pode significar que a Apple pretende preservar uma estratégia de produto único para a marca. Não haverá um iPhone “especial” (por exemplo, mais barato) para outros mercados. Não haverá formato diferente para acomodar diferentes situações de uso.
Esse pode ser considerado um terceiro motivo. Talvez até mais forte do que os dois mencionados antes.
Por tudo isso – e, claro, pela imagem do convite – a nova geração deve mesmo se chamar “iPhone 5”.
Mas posso estar enganado.